quarta-feira, 27 de outubro de 2010

FIGADO - RAIO-X


De consistência firme e coloração vermelha-escura, o fígado é o maior órgão interno do corpo humano.

PESO: aproximadamente 1,5 kg no homem adulto e 1,2 kg na mulher adulta.

LOCALIZAÇÃO: na região abdominal. "O órgão se localiza atrás das costelas do lado direito e está em contato com o diafragma (o músculo responsável pelos movimentos respiratórios), bem como com o estômago, duodeno (primeira parte do intestino delgado, logo após o estômago), intestino grosso, vesícula biliar, glândula supra-renal direita e rim direito", explica o hepatologista Tércio Genzini, responsável pelo Serviço de Hepatologia e Transplantes de Fígado e Pâncreas do Hospital São Camilo, em São Paulo.

DIMENSÕES: o fígado é dividido em duas partes ou lobos. O direito é seis vezes maior que o esquerdo. Na sua parte inferior, encontram-se ainda dois pequenos lobos adicionais: o quadrado e o caudado. Cada uma dessas partes se compõe de minúsculos lóbulos (em torno de 50 a 100 mil), no interior dos quais encontram-se as células hepáticas, encarregadas de executar todas as funções do órgão. Abaixo do lobo direito, situa-se a vesícula biliar, uma bolsa de 9 cm, aproximadamente, que tem a capacidade de coletar cerca de 50 ml de bile (substância amarga e responsável por quebrar as moléculas de gorduras) produzida pelo fígado.

FÍGADO NO ALVO: há vários tipos de testes laboratoriais para avaliar o fígado e suas funções hepáticas. Alguns pesquisam no sangue a presença de certas substâncias que podem indicar (ou não) lesões no órgão. Outros detectam a presença ou não de anticorpos, o que pode ser indício de hepatite. Nos casos severos, ou difíceis de diagnosticar, podem ser solicitados desde exames de imagem até exames mais invasivos (biópsia hepática)
Confira os exames realizados para avaliar o fígado e mensurar as funções hepáticas:

Exame: Fosfatase alcalina
O que mede: uma enzima produzida pelo fígado, ossos e placenta, liberada na corrente sangüínea durante uma lesão ou durante atividades normais como o crescimento ósseo ou a gravidez
O que pode indicar: obstrução do ducto biliar, lesão hepática e alguns cânceres

Exame: Alanina transaminase (ALT)
O que mede: enzima produzida pelo fígado, liberada na corrente sangüínea
quando ocorre lesão de células hepáticas
O que pode indicar: lesão celular hepática, como hepatite

Exame: Aspartato transaminase (AST)
O que mede: enzima que surge no sangue quando ocorre uma lesão hepática, cardíaca, muscular ou cerebral
O que pode indicar: lesão hepática, cardíaca, muscular ou cerebral

Exame: Bilirrubina
O que mede: a presença desse componente que faz parte da bile
O que pode indicar: obstrução do fluxo da bile, lesão hepática, destruição excessiva de glóbulos vermelhos (a partir dos quais a bilirrubina é formada)

Exame: Gamaglutamil transpeptidase (Gama GT)
O que mede: enzima produzida pelo fígado, pâncreas e rins, presente no
sangue quando há lesão nesses órgãos
O que pode indicar: a presença de alguma lesão orgânica, intoxicação por drogas, medicamentos, abuso de álcool, doenças do pâncreas

Exame: Desidrogenase láctica
O que mede: enzima liberada no sangue quando há lesão em determinados órgãos
O que pode indicar: lesão hepática, cardíaca, pulmonar ou cerebral e destruição excessiva de glóbulos vermelhos

Exame: Nucleotidase
O que mede: enzima presente apenas no fígado que é liberada na presença de lesão hepática.
O que pode indicar: obstrução do ducto biliar ou comprometimento do fluxo biliar

Exame: Albumina
O que mede: proteína produzida pelo fígado e normalmente liberada no sangue. Uma das funções da albumina é reter líquido no interior dos vasos sangüíneos
O que pode indicar: lesão hepática

Exame: Alfafetoproteína
O que mede: proteína produzida pelo fígado e testículos do feto
O que pode indicar: hepatite grave ou câncer do fígado ou dos testículos

Exame: Tempo de protrombina
O que mede: tempo necessário para que o sangue coagule (a coagulação requer vitamina K e substâncias sintetizadas pelo fígado)
O que pode indicar: lesão hepática ou deficiência da absorção de vitamina K causada por uma carência de bile

6 MANEIRAS DE PROTEGER O FÍGADO:

CULTIVAR BONS HÁBITOS E MANTER MEDIDAS BÁSICAS DE HIGIENE PESSOAL E SANITÁRIA SÃO AS MELHORES FORMAS DE PREVENÇÃO CONTRA AS DOENÇAS HEPÁTICAS MAIS PERIGOSAS. PORTANTO:

1 -  LAVE BEM OS ALIMENTOS
2 -  PROCURE SE CERTIFICAR QUE ESTÁ TOMANDO ÁGUA POTÁVEL E MUITO BEM TRATADA
3 - SÓ UTILIZE OBJETOS DESCARTÁVEIS OU ADEQUADAMENTE ESTERILIZADOS EM HOSPITAIS, FARMÁCIAS, DENTISTAS, MANICURES, PEDICURES E CASO VÁ FAZER USO DE TATUAGENS, PIERCINGS E BRINCOS
4 -
PRATIQUE O SEXO SEGURO, USANDO PRESERVATIVOS EM TODAS AS RELAÇÕES SEXUAIS
5 NÃO ABUSE DO ÁLCOOL
6 -  EVITE O USO DE DROGAS


Fígado
Maior órgão interno do corpo humano, o fígado exerce cerca de 500 funções no organismo e, incansável, trabalha 24 horas por dia.

Fonte: POR ROSE MERCATELLI
MG STUDIO

UMA USINA INCANSÁVEL
O fígado funciona como uma grande e complexa fábrica, capaz de realizar aproximadamente 500 funções diferentes, algumas fundamentais para a preservação da vida. Conheça as mais importantes:

SÍNTESE DE GORDURAS:
O fígado centraliza as principais funções metabólicas do organismo. Ou seja, ele transforma os macronutrientes dos alimentos em substâncias que podem ser assimiladas. Uma delas é a conversão dos carboidratos em gordura, como as lipoproteínas e o colesterol - essenciais as células.

DEPÓSITO DE COMBUSTÍVEL: os carboidratos, depois de convertidos em glicose, são as mais ricas fontes de energia para o organismo. Porém, nem sempre a glicose será transformada em energia. Quando a pessoa come além da conta, o fígado recolhe as moléculas de glicose não utilizadas e as transforma em uma substância conhecida como glicogênio que fica estocado em seu interior. Quando há necessidade de energia, o fígado reverte o glicogênio em glicose e o devolve à corrente sangüínea. Dessa forma, o órgão exerce um papel regulador da glicose no sangue.

DESINTOXICAÇÃO: o fígado funciona como filtro do organismo. Nesse processo, ele elimina substâncias que podem causar problemas, como resíduos de alimentos não aproveitados, excesso de álcool e até mesmo medicamentos. Isso porque, ao circular pelo órgão, o sangue deixa para trás as toxinas que ali serão metabolizadas e depois eliminadas pelo organismo através da urina e do suor.

LIMPEZA DO SANGUE: esse trabalho é realizado em conjunto com o baço. O fígado é capaz de limpar cerca de 1,2 litros de sangue por minuto, eliminando nesse processo as hemácias velhas, ou seja os glóbulos vermelhos já cansados de oxigenar os tecidos do organismo. Essas células 'aposentadas' são metabolizadas no órgão e uma parte delas vai para a bile. A outra retorna ao sangue para ajudar na formação de novos glóbulos vermelhos.

EQUILÍBRIO HORMONAL: cabe ao fígado manter os hormônios em níveis adequados. Quando há desequilíbrio na produção, ele se encarrega de destruir o excesso.

FABRICAÇÃO DE DETERGENTES: outra importante função hepática é a produção de bile (resultando em um litro por dia, que fica estocado na vesícula biliar). Trata-se de um líquido amargo que contém água, bicarbonato de sódio, sais biliares, colesterol, bilirrubina, entre outros componentes. Sua fórmula é altamente concentrada, para que possa desempenhar perfeitamente sua função de 'quebrar' as grandes moléculas de gordura. Os sais biliares encontrados em sua composição funcionam como detergentes que emulsionam essas gorduras. Quanto mais as moléculas forem fragmentadas, melhor será a ação das enzimas que, por sua vez, facilitarão a transformação química do lipídio para que seja absorvido pelo organismo.

AGENTES DE COAGULAÇÃO: o órgão também participa desse vital processo, produzindo uma substância denominada protrombina - através da Vitamina K - fator importante no mecanismo de coagulação do sangue. Uma outra competência importante do fígado é a de ativar as gamaglobulinas. Esses anticorpos de nome estranho são acionados no combate às infecções causadas por vírus.

QUANDO ELE ADOECE
O fígado sempre teve a má fama de causador de problemas, como dores de cabeça contínuas, enjôos freqüentes e até mau humor. Na maioria das vezes, porém, o órgão é acusado de forma injusta. "Pela proximidade que tem com vários órgãos do abdômen, ele é tido como responsável por males que, na verdade, afetam ou são causados por seus vizinhos", esclarece o hepatologista Tércio Genzini, responsável pelo Serviço de Hepatologia e Transplantes de Fígado e Pâncreas do Hospital São Camilo (SP). De qualquer forma, o fígado pode adoecer. ou causar males. Veja alguns dos problemas hepáticos mais freqüentes:

CÁLCULOS DE VESÍCULA: São causados pelo mau funcionamento do fígado e da vesícula biliar. O distúrbio ocorre quando há excesso de colesterol na composição da bile. Formam- se, então, os cálculos dentro da vesícula. Neste caso, a única indicação para tratar o problema costuma ser a intervenção cirúrgica.

HEPATITE: este é o nome genérico dado a qualquer inflamação que acomete o fígado. A hepatite pode ter várias causas e ser de diversos tipos (A, B, C, D, E). Agentes químicos como álcool, corantes, agrotóxicos e alguns medicamentos estão relacionados à doença. Porém, as inflamações mais comuns são aquelas causadas por vírus e que costumam ser transmitidas pelo contato com sangue contaminado, relações sexuais sem proteção ou pelo consumo de alimentos contaminados e água imprópria.

HEPATITE ALCOÓLICA: este tipo de hepatite desenvolve-se em aproximadamente 15% a 20% dos alcoólatras. A doença é bem séria e pode levar à morte por insuficiência hepática, causada por hemorragia digestiva, infecção ou insuficiência renal.

CIRROSE HEPÁTICA : esta não é uma causa, mas a conseqüência de uma doença crônica do fígado, que, durante vários anos, lesa as células hepáticas - deixando cicatrizes nos locais. Como o tecido cicatricial não desempenha as mesmas funções das células, aos poucos, o trabalho do fígado torna-se precário, originando outras conseqüências graves como distúrbios de coagulação, encefalopatias, acúmulo de líquidos no abdômen (ascite) e em outras partes do corpo (edemas), alteração da cor da pele (icterícia) e até câncer.

Alto poder de regeneração

Quem doa uma parte do fígado não sofre por isso e ainda pode ter seu órgão de volta, do mesmo tamanho, em pouco tempo. "Isso ocorre porque o fígado é composto por oito unidades autônomas com irrigação sangüínea, drenagens sangüínea e biliar próprias e independentes. Sete destas unidades podem ser implantadas separadamente que, mesmo assim, continuam exercendo a função do órgão inteiro. 

Além disso, suas células ou segmentos são capazes de crescer rapidamente, permitindo que o fígado recupere seu tamanho natural em cerca de três a seis meses", explica o hepatologista Tércio Genzini.

Graças a essas capacidades extraordinárias de funcionamento e de regeneração, um mesmo órgão pode ser usado para salvar a vida de duas pessoas. Ou um simples pedaço do fígado de uma pessoa saudável pode salvar a vida de outra.

Por isso, é na área dos transplantes de fígado que os médicos têm obtido as maiores conquistas. "O órgão participa do sistema imunológico. Assim, quando ele mesmo é transplantado, a sua rejeição é menos freqüente e mais facilmente controlada a longo prazo", garante o médico.

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