sábado, 31 de julho de 2010

A Estrêla Verde:


"Era uma vez milhões de estrelas no céu...
Havia estrelas de todas as cores:
brancas, azuis, prateadas, douradas, vermelhas..."

Um dia, elas procuraram o Senhor Deus - todo poderoso.
O Senhor do Universo, e lhe disseram:
Gostaríamos de viver na terra, entre os homens.

Assim será feito - respondu o Senhor.
Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas.
Podem descer a Terra.

Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas na Terra,
algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar de vaga-lumes 
nos campos, outras se misturaram nos brinquedos das crianças, e a 
Terra ficou maravilhosamente iluminada. No entanto, passado algum tempo, as estrelas 
resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.

- Por que vocês voltaram? -Perguntou Deus, à medida que elas iam chegando no céu.
-Senhor, não nos foi possivel pertencer a Terra. Lá existe muita miséria, muita violência, 
muita maldade, muita doença, muita injustiça, muito desamor...
E o Senhor lhe disse:
-É claro. O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar daquilo que passa, 
daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre; e lá nada é perfeito. 
O céu é o lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece.
Depois que todas as estrelas tinham chegado. Deus conferiu o número delas.
A seguir falou-lhe de novo.
-Mas está faltando uma estrela. Acaso se terá perdido pelo caminho?

Um anjo que estava por perto falou:
-Não, Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens. 
Ela descobriu que o seu lugar é exatamente lá, onde há muita luta e dor.
- Mas que estrela é esta?  Voltou Deus a perguntar.
-É verde, Senhor. è a única estrela de cor.
Então, quando olharam para a terra, a estrela não estava só. 
A Terra estava toda iluminada novamente, porque havia uma 
estrelinha verde no coração de cada pessoa. 
Porque a esperança é própria da pessoa de bom coração. 
Ela é a mais humana das estrelas. É própria daquele que erra, 
daquele que tropeça, daquele que falha, mas que apesar dos 
desenganos, desencantos, e sonhos desfeitos, acredita num tempo de 
novas esperanças, de "Novos Céus e novas Terras".

Porque o único sentimento que o homem tem e Deus não tem, é a Esperança. 
Deus já conhece o futuro e a esperança é própria da natureza humana, 
própria daquele que cai, daquele que erra, daquele que não é perfeito, 
daquele que ainda não sabe qual é o seu futuro.

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